Resumo

O objetivo do presente artigo é analisar as estratégias e dinâmicas de representação da torcida organizada Raça Rubro-Negra. Para tanto, serão utilizadas como fontes os cânticos aderidos pela entidade ao longo das décadas de 1970, 1980 e 1990 como ferramenta de sinalização da disjunção almejada. Alicerçado no quadro teórico de Roger Chartier e amparado pelos debates sobre memória e identidade, o artigo buscou identificar os elementos constitutivos da identidade da Raça Rubro-Negra de modo a angariar a representação desejada. A partir da análise da relação da agremiação com diferentes ritmos em seu repertório musical, em especial o samba-enredo e o funk, diferentes perspectivas de obtenção de distinção em seu microcosmo foram identificadas. 

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