Resumo

A presente pesquisa busca encaminhamentos e orientações para a educação das pessoas portadoras de deficiência mental. Partindo da questão orientadora da pesquisa: Como pais de adultos, portadores de deficiência mental severa com idade superior a 25 anos estão encarando a dependência de seus filhos? E à medida que se aproximam da velhice, que preocupações e dúvidas surgem? Com base em postura inspirada pelo pensamento filosófico de Fenomenologia, foi realizado estudo com nove pais de pessoas portadoras de deficiência mental adultas, residentes na cidade de Curitiba entre os anos de 1992 e de 1993. A análise das conversas e entrevistas dos pais feito de acordo com procedimentos adotados por GIORGI (1989), permitiu constatar as perspectivas que os pais destacaram em relação a si próprios nas seguintes dimensões: iniciativa/busca/espera, superproteção/culpa, vida/morte, filho deficiente alento na velhice; perspectivas em relação aos filhos, nas dimensões: autonomia/dependência, sexualidade, reconhecimento como pessoa, interdição; perspectivas em relação à família e à comunidade nas dimensões: família/escola, casa/lar, a casa/ o mundo, confiança/descrédito. Estes resultados conduziram aos seguintes encaminhamentos: - como poderia ser construído o tempo de vida, na escola, na formação para o trabalho, na produção e na velhice das pessoas portadoras de deficiência mental e dos pais destas; - como o tempo fixo/tempo móvel leva ao tempo de passividade/ação. Mostraram ainda, reflexões que possivelmente auxiliarão os pais, a escola e os profissionais na educação especial.

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