Resumo

  Olimpíadas Especiais refere-se a um dos programas de esportes voltados para as pessoas com deficiência mental que enfatiza os atletas, a família e os voluntários, sendo que nessa denominação de voluntários, enquadramse os organizadores de eventos e os técnicos esportivos. Portanto, neste estudo procuramos verificar o número de profissionais de educação física envolvidos com o treinamento e competição dos atletas atendidos por esse programa, considerando que a Special Olympics International não prioriza a questão de que o técnico/treinador deva ser profissional da área. Então, pretendemos discutir as perspectivas de atuação desses profissionais no trabalho junto aos atletas com deficiência mental. Para tanto, além da revisão bibliográfica sobre deficiência mental, olimpíadas especiais, esporte, educação física adaptada e esporte adaptado, a coleta de dados se dá mediante um questionário que foi enviado para 140 núcleos das Olimpíadas Especiais no mundo (incluindo os estados americanos) e também por meio de uma entrevista com o presidente e o diretor executivo das Olimpíadas Especiais Brasil, além da observação participante em 02 Jogos Mundiais (de verão e de inverno). Recebemos 75 respostas dos programas internacionais que foram registrados em forma de gráficos. As respostas obtidas nos mostraram que é grande o número de familiares e/ou voluntários de outras profissões envolvidos como técnicos/treinadores desses atletas e que os profissionais de educação física são maioria ou a totalidade, apenas em núcleos como o Brasil, França e Rússia, casos específicos em que existem leis que regem essa atuação prática. Por serem poucos os núcleos que enfatizam a atuação do profissional no treinamento e como acreditamos nas possibilidades das pessoas com deficiência mental em aprender, propomos que o programa Olimpíadas Especiais Internacional reveja essa questão e que haja uma rediscussão no sentido de que, como comparativo com o voluntário, o profissional de educação física, pela sua formação e isenção no trabalho, teoricamente tem mais competência para utilizar o esporte como veículo de aprendizagem, de desenvolvimento, de promoção do crescimento pessoal e, utilizando a filosofia proposta pelo programa, fazendo com que cada vez mais atletas tenham chances de poder mostrar sua competência através de uma prática esportiva coerente, sendo cidadãos ativos e atuantes, num ambiente de mais igualdade, respeito e aceitação.

Acessar