Resumo

A causa do sedentarismo, obesidade e esteatose hepática não alcóolica pode estar nos primeiros anos de vida ou, até mesmo, no peso de nascimento. Desta forma, objetivamos verificar se o peso ao nascer exerce influência sobre aminotransferases e saúde geral de escolares submetidos a uma intervenção. A amostra compõe-se de 39 escolares com sobrepeso e obesidade (19 no grupo controle e 20 no experimental),
classificados com baixo peso, peso adequado e excesso de peso ao nascer. Foram avaliados: índice de massa corporal (IMC), aptidão cardiorrespiratória (APCR), flexibilidade, força abdominal, força de membros inferiores e superiores, agilidade, velocidade, aspartato aminotransferase (AST) e alanina aminotransferase (ALT). Foi encontrada diferença significativa, após a intervenção, do grupo experimental sobre o controle na flexibilidade (p = 0,032 no grupo peso adequado ao nascer), e na agilidade (p = 0,035 no grupo excesso de peso ao nascer). Observamos, após a intervenção, melhoras nas variáveis flexibilidade (p = 0,024, Δ = 5,88 cm para o grupo baixo peso), força abdominal (p = 0,013, Δ = 8,00 repetições para grupo peso adequado ao nascer e p = 0,030, Δ = 5,00 repetições para o grupo excesso de peso ao nascer), agilidade (p = 0,011, Δ = −1,62 segundos no grupo baixo peso/peso insuficiente ao nascer, p < 0,001, Δ = −1,25 segundos para peso adequado ao nascer e p = 0,001, Δ = −1,74 segundos para grupo excesso de peso ao nascer) e força de membros inferiores (p = 0,002, Δ = 0,16 cm para o grupo excesso de peso). ALT teve uma piora no peso adequado (p = 0,018, Δ = 5,24 UI/L). Concluímos que a variável peso ao nascer não foi determinante para
alteração dos níveis de aminotransferases, desempenho motor e de saúde após um programa de intervenção interdisciplinar.

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