Resumo

O insalubre Largo do Jurumbeval, em Campinas, constituiu durante a segunda metade do século XIX importante espaço de trabalho, diversão e moradia popular. A promíscua aglomeração de pessoas: escravos, libertos, imigrantes e nacionais pobres, inquietava as autoridades que, por meio da ação da polícia, procuravam limitar, controlar e ordenar os movimentos de pessoas vistas como perigosas à sociedade, por seu comportamento considerado imoral e escandaloso. Nessa tentativa de realizar uma higiene social, por vezes, a própria polícia acabava representando um papel ambíguo, ao praticar os mesmos atos que devia reprimir. Resgatar alguns momentos dessa ¨didática¨ policial na vida das classes populares constitui o objetivo deste artigo.