Resumo

A partir de uma pesquisa teórica em filósofos como Spinoza, Deleuze e Guattari, problematizamos o modo pela qual as práticas corporais podem colocar para o corpo a questão do limite de sua (im)potência por meio de um circuito de afectos que vai do desamparo à alegria. Concluímos que aquelas práticas podem ser um território privilegiado para a investigação “do que pode o corpo em movimento?”, trazendo consequências para a Educação Física ao lidar pedagogicamente com elas.

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