Resumo

Passadas três décadas da criação do primeiro curso de pósgraduação em Educação Física (PGEF) no Brasil a área testemunhou importantes transformações. Paralelamente à titulação de mestres e doutores houve uma expansão sem precedentes no número de grupos de pesquisas, de produção intelectual, de congressos e eventos, e o debate acadêmico incorporou-se definitivamente aos hábitos da área. Também assistimos, de certa forma atônitos, a um assustador aumento no número de cursos de graduação em todo país, como se o alerta para os perigos do aumento no ritmo de criação de cursos de Educação Física em fins de 1960 e início de 1970 ecoassem no final do século que se passou. Os perigos de um ritmo de crescimento da graduação sem a necessária contrapartida da pós-graduação são de conhecimento de todos. Maior número de alunos na graduação implica na demanda por maior número de docentes qualificados de mestres e doutores. Sem este equilíbrio a formação das futuras gerações de graduados ficará comprometida, colocando em risco a qualidade dos profissionais que atuam na área. Essas transformações certamente trazem enormes desafios para a área, os quais necessitam ser cuidadosamente ponderados e trazidos à discussão, sob pena de colocar em risco, todas as importantes conquistas que já realizamos.

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