Resumo

O artigo analisa as formas de apropriação do ideário da Escola Nova no Brasil, particularmente do pragmatismo deweyano, nos anos de 1950/1960. Parte-se do pressuposto de que a ideologia desenvolvimentista que pontuou o debate em torno da reestruturação econômica, política e social do país nessas duas décadas constituiu-se em um solo fértil para a retomada e a expansão do ideário pragmatista entre os educadores brasileiros, articulando-se, de forma algumas vezes até contraditória, com essa ideologia. O foco do nosso trabalho é a produção bibliográfica do grupo de educadores que se articulava em torno de Anísio Teixeira, à época diretor do Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos (INEP), órgão vinculado ao Ministério da Educação e Cultura (MEC). De uma forma geral, pode-se afirmar que a apropriação do pragmatismo deweyano, nesse contexto, deu-se numa tripla perspectiva: o pragmatismo como método científico, implicando uma determinada concepção de ciência, particularmente das ciências sociais, com ênfase na aplicação do conhecimento científico na solução dos problemas de ordem prática; como modo de vida democrático; e como sinônimo de experimentalismo, no âmbito da escola.

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