Resumo

No contexto da saúde pública de países de baixa e média renda, são poucas as pesquisas de caráter longitudinal que tratam do efeito da prática de atividades física em desfechos em saúde, especialmente entre adultos e/ou idosos. Assim, o objetivo desse estudo foi verificar ocorrência das doenças crônicas não transmissíveis e mortalidade de acordo com prática de atividade física em adultos com idade igual ou superior a 50 anos, usuários da rede pública de saúde brasileira, a partir de estudo longitudinal de cinco anos. Para tanto, 620 homens e mulheres de cinco Unidades Básicas de Saúde da cidade de Bauru/SP foram acompanhados de 2009 a 2014, onde foram obtidas informações sobre níveis de atividade física em diferentes domínios, ocorrência de doenças crônicas, estado nutricional, tabagismo, escolaridade e condição econômica. Ao final do acompanhamento, foi verificado que os escores de atividade física ocupacional, lazer / transporte e total diminuíram, enquanto escores relacionados à prática esportiva / exercícios aumentaram do início ao meio do seguimento, mas caíram ao final. O percentual de participantes suficientemente ativos permaneceu estável ao longo dos cinco anos. Tratando-se das doenças crônicas, foi encontrada prevalência de hipertensão arterial de 80.2%, hipercolesterolemia 40.4%, diabetes 29.2% e osteoporose 26.3%. Quanto à incidência, foi constatado que 4,7% dos pacientes tornaram-se hipertensos, 16,1% passaram a ter hipercolesterolemia, 9,4% diabetes mellitus e 15,2% osteoporose. Ao identificar fatores de risco para essas quatro doenças, tivemos que hipertensão se manteve associada à maior idade, sexo masculino e obesidade. Hipercolesterolemia se associou somente à obesidade. Osteoporose à sexo feminino e maior idade. E diabetes se manteve associada à obesidade e inatividade física. A partir disso, avaliou-se a associação entre atividade física em diferentes domínios e.

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