Resumo

Objetivo: descrever a prevalência de atividade física insuficiente e os fatores associados em adolescentes de São Paulo. Amostra: foi composta por 1.738 adolescentes, do período matutino do ensino médio de oito escolas particulares da região da zona sul da cidade de São Paulo. Metodologia: para avaliar o nível de atividade física foi utilizado o IPAQ versão VIII curta, sendo que atividade física insuficiente foi definida como praticar atividade física por um período menor que 300 minutos por semana. As variáveis independentes analisadas foram: gênero, idade, cor da pele, situação sócio-econômica, tipo de moradia, conhecimento do Programa Agita São Paulo, incentivo dos pais para a prática de atividade física dos filhos, uso de TV, computador e vídeo game. Estatística: foi utilizado um modelo hierárquico de regressão de Poisson com três níveis para entrada de variáveis com nível de significância de p< 0,05. Resultados: a prevalência geral de atividade física insuficiente em adolescentes foi de 53,8% (IC95%: 50,7 – 56,9%). No modelo ajustado, a atividade física insuficiente esteve positivamente associada as seguintes variáveis: gênero, série acadêmica, moradia, tempo de TV e incentivo dos pais para a prática de atividade física dos filhos. Por outro lado, utilizar o computador, jogar vídeo game e o conhecimento do Programa Agita São Paulo foi fator de proteção contra a atividade física insuficiente em adolescentes. Conclusão: a prevalência de atividade física insuficiente em adolescentes foi elevada, sendo que mecanismos de intervenção como, por exemplo, o Programa Agita São Paulo são necessários uma vez que as variáveis comportamentais associadas à inatividade física podem ser modificadas.

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