Resumo

O objetivo do trabalho foi verificar a prevalência de dor associada ao transporte de material escolar por estudantes universitários. Realizou-se pesquisa transversal, quantitativa, descritiva-analítica, na qual foram avaliados 373 estudantes universitários da Universidade Estadual da Paraíba, entre fevereiro e setembro de 2012. As informações foram coletadas através de questionário sobre dados sociodemográficos, acadêmicos, transporte do material escolar e presença de dor, sendo ainda realizada a medição de dados antropométricos e pesagem de todos os volumes transportados pelo indivíduo. Os dados foram analisados de forma descritiva e inferencial através do software SPSSÒ 17.0. Utilizou-se modelo de Regressão Logística Hierárquica Binária, pelo método Backward LR, no qual o poder de influência das variáveis preditoras – divididas em blocos – foi testado na presença de dor musculoesquelética. Constatou-se uma prevalência de dor de 82,84%, com média geral de 5,21 pontos na Escala Visual Analógica (EVA) para avaliação de dor. Nas mulheres, a influência exercida pela massa relativa dos volumes sobre a presença de dor foi 45,1% maior que entre os homens (OR = 0,689; IC95% = 0,503 – 0,942) para cada 1% de incremento. O tempo de carga, por sua vez, aumentou em 22,9% a probabilidade da presença de dor, a cada 15 minutos decorridos (OR = 1,229; IC95% = 1,090 – 1,386). Verificou-se alta prevalência de dor relacionada ao transporte de material escolar e a influência preditora de variáveis como peso relativo da carga transportada e tempo de transporte desse material, especialmente nos indivíduos do sexo feminino.

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