Resumo

Introdução: Doenças cardiovasculares são a principal causa de mortalidade, no Brasil e no mundo. Estudos em amostra populacional brasileira, fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares são escassos.

Objetivo: Estimar a prevalência de hipertensão arterial (HA) e cardiopatias e examinar a associação de estado nutricional, risco cardiovascular (RC) e sedentarismo com os desfechos.

Métodos: Estudo transversal em amostra aleatória populacional de Aracaju-SE, com 399 participantes. Utilizou-se o teste t de Student e o teste c2 para comparar os dados por sexo. Para avaliar o efeito preditor das variáveis de exposição sobre os desfechos utilizou-se a razão de chances (odds ratio: OR).

Resultados: Houve diferenças significativas, segundo sexo, em consumo de álcool, risco cardiovascular, obesidade grau II e HA, cuja prevalência foi significativamente maior entre homens (43,4%) comparando com mulheres (26,3%). Peso normal mostrou-se como fator protetor para HA (OR=0,44; IC95% 0,27-0,73). Sedentarismo apresentou chance 40% maior para HA (OR=1,44; IC95% 1,33-1,59) e a chance para cardiopatias foi 2 vezes maior (OR=2,06; IC95% 1,16-3,65). RCA apresentou chance 16% maior para HA (p<0,0001) e 2 vezes maior para cardiopatias, entre estes, prevalência de HA foi de 71,4% e de cardiopatias foi de 14,5%.

Conclusão: Métodos simples de avaliação antropométrica, como a circunferência abdominal, peso e altura, por meio da estimativa do RC e do Índice de Massa Corporal, são viáveis e podem contribuir para prevenir doenças cardiovasculares, incluindo hipertensão, na população. Os resultados foram discutidos.

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