Resumo

Introdução: A alta prevalência de dores nas costas identificada em adultos, já é
uma realidade também em crianças e adolescentes. Um dos fatores de risco
para as dores nas costas é o sedentarismo, tendo este comportamento várias
conseqüências correlatas, como o excesso de peso, número de horas sentada e
desequilíbrios músculo-articulares. O estudo teve como objetivo verificar a
prevalência de dores nas costas em escolares e os fatores de risco associados.
Material e Método: O tipo de estudo empregado foi o transversal analítico. A
amostra foi composta por 114 alunos de ambos os gêneros, na idade entre 11
e 14 anos, da 5ª e 6ª séries do ensino fundamental do Colégio de Aplicação da
Universidade Federal de Sergipe (UFS). Para identificar as dores nas costas e o
nível de atividade física foi utilizado um questionário contendo a morbidade
auto-referida e a identificação da demanda energética semanal. Verificou-se a
massa corpórea e a estatura, onde foi calculado o Índice de Massa Corpórea
(IMC) classificando os alunos em obeso, sobrepeso ou não. Coletou-se os
dados referentes a flexibilidade e flexões abdominais. Realizou-se o estudo no
laboratório do Núcleo de Pesquisa em Aptidão Física de Sergipe (NUPAFISE)
da UFS. Para análise dos dados foi empregado o teste qui-quadrado com nível
de significância de 0,05%. Resultados: Observou-se uma prevalência de 43%
de dores nas costas nos escolares, sendo no gênero feminino este número
maior. Não encontrou-se associações significativas com as variáveis flexibilidade,
flexões abdominais e IMC. Contudo, a prevalência de dores nas costas foi
maior nos indivíduos obesos e com baixa flexibilidade e força abdominal. Os
escolares com maior número de horas sentada tiveram também uma maior
prevalência de dores nas costas. Conclusão: Assim, acredita-se que as dores
nas costas já se faz presente entre indivíduos jovens, portanto as aulas de
educação física na escola devem ser informativas no que concerne a um
comportamento preventivo de dores nas costas.

Acessar