Resumo

A prevalência mundial de excesso de peso apresentou um rápido aumento nas últimas décadas, caracterizando uma verdadeira epidemia mundial. O presente estudo teve como objetivo verificar a prevalência de excesso de peso (IMC ≥ 25kg/m2) e as possíveis associações com indicadores socioeconômicos e demográficos em adultos do Brasil. Para esse estudo epidemiológico foram analisados os dados da população de adultos de 20 a 59 anos (n = 101.308.637) que integraram a Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009 (POF) realizada em todas as regiões geográficas do Brasil. Para a verificação do estado nutricional foi empregado o Índice de Massa Corporal que foi categorizado em peso normal e excesso de peso conforme os pontos de corte recomendados pela Organização Mundial de Saúde. Como indicadores socioeconômicos e demográficos analisou-se o sexo, idade, cor-raça, es-colaridade, renda e região geográfica. Realizou-se regressão de Poisson, bruta e ajustada. Os resultados mostraram que a prevalência de excesso de peso foi de 47,7%, sendo que os grupos com maiores prevalências foram os adultos de 20 a 59 anos, do sexo masculino, de cor-raça negra, com escolaridade de 6 a 9 anos, renda de 1/4 ≥ salário mínimo < 1/2 e da Região Sul. Quase a metade dos adultos do Brasil apresenta excesso de peso. Ações estratégicas que visem diminuir a prevalência de excesso de peso em adultos do Brasil são emergentes para combater a epidemia da obesidade.

Acessar