Resumo

O aumento das prevalências de obesidade na infância e adolescência tornouse um dos principais problemas de saúde pública na atualidade e atinge,
indistintamente, os diferentes estratos socioeconômicos. Nesse sentido, o
objetivo do presente estudo foi descrever a prevalência de sobrepeso/
obesidade em escolares de diferentes condições socioeconômicas no
município de Florianópolis, SC. Participaram da investigação 874 escolares
(421 meninos e 453 meninas), com idades entre 7 e 16 anos (10,3±2,9). Os
e s c o l a re s re s p o n d e ram um q u e s t i o n á r i o c om i n fo rma ç õ e s s ó c i o -
demográficas (sexo, idade e classe econômica) e, na seqüência, aferiu-se o
peso corporal (kg) e a estatura (cm). Para determinar o sobrepeso/obesidade
utilizou-se o índice de massa corporal (IMC= peso[kg]/estatura[m2]) a
partir dos critérios propostos por COLE et al. (2000). Na análise dos dados
recorreu-se ao teste qui-quadrado e regressão logística binária (Odds Rate).
Os resultados indicaram a prevalência de sobrepeso/obesidade de 13,3%
(n= 101), sendo de 12,2% (n= 45) no sexo masculino e de 14,4% (n=56)
n o s exo femi n i n o. E n t re t a n t o, n ã o fo ram e n c o n t ra d a s d i fe re n ç a s
estatisticamente significativas na comparação entre os sexos e as idades.
Ao considerar a classe sócio-econômica, verificou-se que os escolares
pertencentes às classes mais favorecidas (A,B 24,9%; n= 218) apresentaram
um risco 2,7 vezes maior de terem sobrepeso/obesidade quando comparado
aos demais (C= 50,5% n= 441 e D, E= 24,6% n= 215). Portanto, a
prevalência de sobrepeso/obesidade foi elevada, principalmente, nas classes
mais favorecidas. Acredita-se que o estilo de vida pode contribuir para
essas elevações e, sendo assim, sugere-se modificações nos hábitos
alimentares e incentivos à prática de atividade física regular.

Acessar