Resumo

A terceira idade, os velhos, as pessoas idosas, tomaram-se, crescentemente, o centro das atenções do mercado e dos especialistas. A demografia indica a tendência paia sua importância crescente nas sociedades, já um fato nos países desenvolvidos caracterizados por baixas taxas de fecundidade e de mortalidade infantil, ao lado de altas taxas de expectativa de vida. Nesses países, e também para uma parte da população idosa nos países em desenvolvimento, os indicadores econômicos assinalam o crescente poder dos velhos, que manifesta-se tanto na acumulação privada quanto pelo fluxo contínuo dos direitos previdenciários, públicos ou privados. A sociologia do trabalho deverá continuar refletindo sobre o lugar da terceira idade em relação aos novos processos e tecnologias de produção de bens e serviços. A discussão sobre a idade para a aposentadoria toma-se uma questão mais filosófica, humana ou psicológica, do que meramente econômica. A questão sobre como e quando é bom e belo aposentar-se ou continuar trabalhando, deveria ganhar destaque sobre a questão financeira que o pagamento dos aposentados coloca. A ciência política deverá pensar as conseqüências do aumento no poder eleitoral e sobre a cultura política dos velhos. A  sociologia da cultura não poderá escapar às questões que relacionam a terceira idade com a dinâmica cultural. 

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