Resumo

Este trabalho se propõe a criar um teste válido, objetivo e confiável para medir a rapidez com que se executa um movimento de Tai-Sbaki-3. Para tal foi desenvolvido um instrumento de medida no Laboratório de Biomecânica da UEFD da UFRJ, sobre o qual o judoca executa o Tai-sabaki-3 para os dois lados. Ele consiste numa placa de compensado com tiras paralelas de fita metálica aderidas, as quais conectadas por fios a um circuito temporizador com cronômetro acoplado. Este instrumento permite medir automaticamente o tempo gasto por movimento de Tai-sabaki-3, através do contato dos pés com a placa. A confiança foi atingida obtendo-se correlações superiores a 0,70 entre o teste e o reteste. A objetividade e a validade foram alcançadas pelo levantamento da opinião de especialistas com a utilização da escala e do método Likert. A soma das opiniões tanto para verificação da validade quanto da objetividade chegou a 44 pontos num máximo de 45, quando apenas 36 eram necessários. A validação do Teste de Rapidez de Tai-sabaki-3 também foi conseguida por critério de treinamento, pois constatou-se que o lado mais treinado tende a produzir melhores resultados no teste. Quando os resultados do teste foram correlacionados com variáveis antropométricas, observou-se que todos os indicativos de gordura no corpo trabalham negativamente com a performance do movimento (0,73 < r > 0,99), isto é, os dados sugerem que eles prejudiquem a performance em indivíduos entre 18 e 32 anos. O peso (r= 0,94) e o peso magro (r= 0,89) também resultaram nas mesmas conclusões. Entretanto, isto não ocorre com a faixa etária de 15 a 17 anos - possivelmente por causa de variações maturaconais não controladas entre os judocas desta faixa. Através da comparação do lado que obteve melhor resultado no teste de rapidez com o lado da mão mais usada e o lado do pé de chute, concluiu-se que indivíduos que possuem o pé de chute de um determinado lado tendem a executar o Tai-sabaki-3 mais rapidamente para este mesmo lado, todavia o mesmo não se pode dizer sobre o lado da mão mais usada. Por conseguinte, deduz-se que começar a aprender as projeções pelo lado da mão mais usada, não oferece qualquer respaldo científico, enquanto o lado do pé de chute deveria ser o utilizado para tal.

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