Programa de incentivo à prática de atividades físicas durante o horário de almoço em indústria de São José/SC

Parte de Boas Práticas na Educação Física Catarinense 2014 . páginas 25 - 36

Resumo

A inatividade física é identificada como o quarto principal fator de mortalidade no mundo (WHO, 2010). Recentemente, o Ministério da Saúde do Brasil divulgou o relatório da pesquisa sobre vigilância de doenças crônicas, por meio de inquérito telefônico – Vigitel (BRASIL, 2013). Segundo esse relatório, 15% da população adulta brasileira não pratica qualquer tipo de atividade física, seja no trabalho, no deslocamento ou em seu tempo livre. Nesta pesquisa, utilizaram-se como parâmetro os 150 minutos semanais de atividade física no tempo livre, que, segundo a Organização Mundial de Saúde, é o mínimo recomendado para o aumento da capacidade cardiorrespiratória, muscular e óssea e para a redução do risco de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Níveis adequados de atividade física promovem a redução do risco de diabetes, depressão, câncer de mama e intestino, e doenças cardiovasculares (WHO, 2010). A formação em Educação Física, como área do conhecimento e de intervenção, cujo objeto de estudo e de aplicação é o movimento humano, está diretamente relacionada à prevenção de problemas de agravo da saúde, promoção, proteção e reabilitação (BRASIL, 2004). Dessa forma, tendo em vista a abrangência da área, conhecendo-se as estatísticas apontadas no parágrafo acima e, ainda, em consonância com a definição de saúde da OMS (mais abrangente do que a simples ausência de doenças) as boas práticas do educador físico, seja ela no âmbito escolar ou fora dele, devem apontar para ações de prevenção e promoção de saúde da população (SIMÕES, 2013). Em se tratando da promoção da saúde de trabalhadores, estudos mostram que as ações nesse sentido são bem sucedidas, quando aplicadas no local de trabalho (BAICKER et al, 2010). Programas de qualidade de vida que estimulam a prática de atividade física dentro do ambiente de trabalho vêm ganhando espaço nas empresas. Nesse âmbito, os profissionais de Educação Física são cada vez mais requisitados, como parte importante de equipes multidisciplinares, como gerenciadores de projetos e/ou para atuarem diretamente com os colaboradores (CONFEF, 2011).