Resumo

Investigar a associação da qualidade de vida e do nível de dependência ao exercício físico em praticantes de CrossFit de ambos os sexos e diferentes categorias.

MÉTODOS: Participaram do estudo praticantes de CrossFit de ambos os sexos e de diferentes categorias. Foi aplicada uma anamnese juntamente com os questionários The World Health Organization Quality of Life versão abreviada (WHOQOL-BREF) e o Exercise Addiction Inventory (EAI) para avaliação da qualidade de vida e da dependência ao exercício físico, respectivamente.

RESULTADOS: Participaram do estudo 56 (34 mulheres e 22 homens) praticantes de CrossFit e com a média de idade e o desvio padrão (DP) de 30,0±6,97 anos das categorias iniciante/scale ou avançado/RX. Foi demonstrado que os escores de qualidade de vida foram elevados, no qual o domínio físico apresentou maiores valores (homens: 80,19±10,84; mulheres: 74,79±10,51; amostra total: 76,91±10,87). Não foram encontradas diferenças significantes na qualidade de vida entre homens e mulheres e nem entre scale e RX (p>0,05). Além disso, os participantes foram classificados, em sua maioria, em não dependentes sintomáticos para a dependência ao exercício físico (homens: 91,18%; mulheres: 86,36%; amostra total: 89,3%). Especificamente o nível de desempenho dos praticantes de Crossfit não influenciou na dependência ao exercício físico (não dependente sintomático 85,29% para Scale e 95,45% para RX). Não foi demonstrada associação significante entre dependência ao exercício físico e qualidade de vida.

CONCLUSÕES: Os praticantes de CrossFit tiveram elevados escores de qualidade de vida e, em sua maioria, foram classificados como não dependentes sintomáticos para o exercício físico. Não foram observadas diferenças significantes na qualidade de vida e dependência ao exercício físico quando comparados homens vs. mulheres e RX vs. Scale. Além disso, não foi encontrada associação significante entre dependência ao exercício físico e qualidade de vida dos participantes.

Acessar