Resumo

Nos tempos de crises culturais a imagem do homem é a primeira a ficar abalada. O homem sente-se perdido e em perigo. No centro dos grandes conflitos que marcam a nossa civilização científica e tecno­lógica, a compreensão do homem tornou-se uma temática que preocupa a todos os humanistas conscientes. E a compreensão do homem começa pela tentativa de redimensionar o sentido de humano. Definir o huma­no do homem constitui-se na tarefa prioritária de superação da cri­se. Não se trata de um movimento isolado, ele está profundamente vinculado à filosofia dos movimentos alternativos e das iniciativas ecológicas. As crises abrem espaços para outras possibilidades de soluções. A ecologia, em última instância, é uma proposta antropoló­gica nova. Rappaport (s/d) fala em antropologia ecológica e em eco­logia humana. De fato, a ecologia, diante das devastações e agres­sões contra a natureza, procura restaurar as harmonias naturais. Diante das imensas injustiças e violências, diante da fome e da mi­séria, o homem contemporâneo sente-se ameaçado e se pergunta pelo sentido do humano. Qual seria, porém, a dimensão humana capaz de de­volver a humanidade do homem ou capaz de construir uma comunidade de vida?

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