Resumo

Este trabalho se reporta a uma das fases do projeto de ensino “Meio ambiente por inteiro: ciclo de oficinas sobre educação ambiental e qualidade de vida” (em andamento no Curso de Educação Física do CEFID/UDESC), o qual tem como objetivo sensibilizar a comunidade acadêmica para questões socioambientais e suas relações com a qualidade de vida. Trata-se de uma vivência de rafting, a qual foi oportunizada à comissão organizadora do referido projeto, em Santo Amaro da Imperatriz (SC). Após a vivência, nove participantes (oito mulheres e um homem) foram convidados a responder um questionário com perguntas abertas acerca das competências manifestadas durante a atividade. As informações coletadas foram organizadas no software NVivo 9, o qual vem sendo empregado em estudos qualitativos. Após a organização e a leitura dos resultados, as categorias de análise foram elaboradas por meio da técnica de análise de conteúdo. Dois participantes identificaram que as competências mais exigidas pelo contexto da atividade foram a flexibilidade, a capacidade de comunicação, a liderança e a criatividade. Um participante atribuiu as manifestações de competências às próprias exigências da atividade, e outro à rapidez em que todas as ações ocorreram. Os participantes citaram a flexibilidade, como necessidade para a coesão do grupo; cinco citaram a capacidade de comunicação e dois a de negociação, para facilitar a atividade, as decisões, e a sincronia; e dois citaram a criatividade, manifestada para superar certos obstáculos. Sete não perceberam a manifestação da liderança, atribuída a dificuldades pessoais, medo, insegurança, e “acomodação” com a liderança do “guia” e com aqueles que estavam à frente do bote. Neste sentido, parece que os participantes tiveram certa dificuldade em perceber que, apesar do sucesso individual depender do desempenho e da boa determinação do grupo, a liderança era um aspecto fundamental para o bom desenvolvimento da atividade, não sendo restrita a manifestação por determinados participantes.

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