Resumo

Nos últimos anos tem crescido o número de pessoas com deficiência que praticam atividades físicas. Devido à sua formação eclética, os profissionais da área, além de atenderem essa população em academias, lecionam também em escolas, que, devido à política de inclusão escolar, colocam os alunos com deficiência nas suas turmas regulares. Nesse contexto, este estudo visou identificar se os conteúdos recebidos no curso de Educação Física fornecem subsídios ao profissional que forma, possibilitando-lhe o trabalho com esta população. Além disso, buscou a identificação dos locais de atuação dos profissionais, as atividades desenvolvidas por eles e ainda sua opinião sobre a inclusão dos alunos com deficiência no ensino regular. Com este fim, foi aplicado um roteiro de entrevistas a uma amostra composta por quatorze profissionais, de ambos os sexos, que trabalhavam nesta área de atuação, tendo-se verificado que metade dos sujeitos não teve qualquer contato com conteúdos relacionados à área da deficiência durante a sua graduação e que, por tal motivo, tiveram dificuldades no início da carreira, destacando-se os relacionados à falta de experiência e de conhecimentos específicos. Constatou-se também que muitos estão descontentes com a formação recebida neste particular e que lhes falta um maior conhecimento sobre a pessoa com deficiência, bem como uma preparação para lidar com eles, problemas que somente são superados com a prática e com a experiência que adquirem no seu dia-a-dia. Concluiu-se assim que todas as disciplinas dos cursos de graduação em Educação Física deveriam fornecer algum conteúdo sobre como cada uma delas poderia lidar com as pessoas portadoras de deficiência, para que, juntas, possam formar um educador capaz de atender às necessidades especiais desses alunos.

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