Resumo

O tecido ósseo tem seu desenvolvimento afetado por diversos fatores como sexo, idade, hormônios relacionados ao crescimento (GH e IGF-1), maturação biológica e a prática de exercícios físicos. Sabe-se que o estresse mecânico ocasionado pela prática esportiva promove o aumento da matéria inorgânica na matriz óssea. Porém, existem controvérsias se exercícios aquáticos, realizados em "hipogravidade", tais como a natação, podem promovem ganho de massa óssea em diversas regiões do corpo. Objetivo: Analisar a relação entre a carga de treino semanal (CTS) e ganho de massa óssea após nove meses de seguimento em jovens praticantes da modalidade de natação. Métodos: Estudo de delineamento longitudinal com duração de 9 meses. A amostra foi composta por 22 adolescentes nadadores de ambos os sexos atletas da categoria de base do município de Presidente Prudente, com idade entre 11 e 14 anos de idade (12,7 ± 1,1), sendo 13 meninos e 09 meninas, competidores de nível nacional. Foram adotados como critérios de inclusão para a participação e utilização dos dados: (i) prática de no mínimo 12 meses na modalidade (ii) prática somente desta modalidade nos últimos 12 meses. O conteúdo mineral ósseo (CMO) total e segmentado (cabeça, braços, pernas, tronco, coluna e costelas) foi mensurado através da absorptiometria de RaiosX de Dupla Energia (DEXA), expressa em gramas (g). A carga de treinamento semanal foi reportada pelo atleta/treinador através de um questionário. Foi realizada a correlação de Pearson utilizando significância estatística pré-fixada em pvalor 5%(software Bioestat [versão 5.0]). Resultado: Após o seguimento analisado, houve aumentos significativos de 26,2g para cabeça, 48,4 g para os braços, 71g para as pernas (relação com CST: r= -0.41; p-valor=0,054), 96,4g para o tronco, 26,8g para a coluna e 35,7g para as costelas (relação com CST: r= - 0.49; p-valor= 0,010). Conclusão: Concluímos que, existe uma relação negativa entre a carga de treino semanal e o ganho de massa óssea de nadadores.

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