Resumo

Este estudo objetivou relacionar ganhos de flexibilidade decorrentes da participação em programa de exercício supervisionado (PES) com eventuais facilitações na execução de ações cotidianas em adultos. Vinte indivíduos, a maioria coronariopatas, com idade de 58 ± 9 anos, que estavam freqüentando um PES, foram selecionados intencionalmente. Para a avaliação da flexibilidade utilizou-se o Flexiteste. Em adendo, os indivíduos responderam um questionário com 11 perguntas para avaliar subjetivamente, a facilidade e/ou dificuldade de realizar ações cotidianas, no início do PES e no momento em que estavam respondendo o questionário. Após o PES, houve ganhos na facilidade de execução das 11 ações, na flexibilidade global passiva e em seis movimentos individuais do Flexiteste (p<0,05). Há correlação significativa entre as diferenças das respostas ao questionário e as variações na flexibilidade global (r=0,45; p<0,04). Existe relação inversa entre as variações de peso e de flexibilidade (r=-0,66; p<0,05). Concluiu-se que a facilitação na realização de ações cotidianas, após um período de PES, está associada a uma melhoria da flexibilidade global. Aumentos na flexibilidade global estão associados com uma redução de peso corporal. Estes resultados podem possuir implicações para a individualização do treinamento da flexibilidade, em um programa de exercício voltado à promoção da saúde.

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