Resumo

Objetivo: Avaliar a associação entre a densidade mineral óssea de coluna e fêmur com a atividade física realizada nos últimos três anos e infância e a composição corporal em mulheres jovens. Desenho: estudo analítico de corte transversal. Sujeitos: 109 mulheres universitárias entre 20 e 25 anos. Variáveis avaliadas: densitometria de coluna lombar L2-L4, colo, trocânter, atividade física realizada nos últimos três anos, separada em tempo e intensidade por índice de percepção de esforços; e na infância separada em tempo e número de atividades; e composição corporal, separadas em massa magra, gordura corporal, e massa magra de pernas, todos avaliados através de densitometria de duplo feixe de raios-X (DEXA LUNAR DPX Plus). Resultados: Um dos principais dados desta pesquisa foi à presença de um número alto de mulheres que apresentam diagnóstico de osteopenia em diversos sítios anatômicos, sendo mais evidente em coluna lombar, Observamos 15 voluntárias com osteopenia em colo de fêmur, 27 com osteopenia em trocânter e 35 com osteopenia e uma com osteoporose de coluna lombar, um percentual que varia de 13,76% a 33,02% de voluntárias com alterações da massa óssea em período de pico desta mesma massa. As DMOs de coluna e fêmur correlacionaram se positivamente com as massas magras indireta e diretamente, não havendo correlação com gordura corporal. As DMOs de fêmur correlacionaram se com o tempo de atividades físicas, atividade em infância e índice de percepção de esforços de Borg, mas coluna não se correlacionou com parâmetros de atividades físicas. Quando separamos as voluntárias em dois grupos, sendo uma população normal e outra apresentando alteração de massa óssea, percebemos uma diferença estatisticamente significativa entre as duas populações no que se refere à composição corporal; com menor peso, menor massa muscular e maior percentual de gordura na população com alteração de massa óssea. No tocante à atividade física também existe uma diferença estatisticamente significativa entre as duas populações; com menor tempo de atividade física referida nos últimos três anos e infância, além de menor intensidade de esforço nas voluntárias com alteração na densidade óssea. Na regressão linear múltipla para DMO de fêmur encontramos correlação com 1M magro de pernas para colo femoral e 1Mmassa magra para trocânter. Para coluna o importante foi o peso. Conclusões: Estes dados mostraram a importância da atividade física e da composição corporal na determinação da massa óssea em seus diversos sítios de avaliação. Chama a atenção a correlação entre a massa magra e a DMO, que pode, em grande parte, ser atribuída à massa muscular, variável modificável com alterações dos hábitos de vida, incluindo a atividade física 

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