Resumo

Objetivo:
Analisar a percepção de autoimagem corporal (AIC) e o risco para transtornos alimentares (RTA) em atletas de alto rendimento, relacionando com a avaliação antropométrica.

Métodos e resultados:
Participaram 52 atletas do gênero feminino das modalidades de basquetebol, voleibol, judô, handebol e futsal caracterizadas em alto rendimento pela regularidade de competições e treinamentos. Foram aferidas massa corporal, estatura e dobras cutâneas para a determinação do Índice de Massa Corporal (IMC) para posterior classificação em baixo peso, eutrofia, sobrepeso e obesidade (OMS,1998). O percentual de gordura corporal (%G) foi determinado através da fórmula de Jackson e Pollock (1980) e as atletas foram divididas em dois grupos segundo o percentil 50 desta variável (≤23,21% e >23,21%). Foram aplicados os questionários Body Shape Questionnarie (Questionário de Imagem Corporal) - BSQ para a análise da percepção de AIC e o Eating Atittudes Test (Teste de Atitudes Alimentares) - EAT-26 que mede o RTA. Foi realizado o teste de associação Qui-quadrado de tendência e Qui-quadrado 2×2 adotado-se nível de significância p<0,05. A amostra apresentou média do IMC de 23,17 ± 3,02 kg/m2 e %G de 23,76 ± 5,34. O resultado do BSQ se associou com o IMC e com o %G (0,000 e 0,030, respectivamente) já o do EAT-26 se associou somente com o IMC (0,000).

Conclusão:
As atletas que apresentaram maiores classificações de IMC e %G foram aquelas que obtiveram resultado do BSQ e do EAT-26 apontando distorções de AIC e maior RTA.