Resumo

Contexto: O teste de caminhada de seis minutos e o teste de esforço em esteira têm sido frequentemente utilizados para quantificação da limitação funcional dos pacientes com doença arterial periférica. Todavia, ainda não está bem estabelecido se os resultados desses testes são correlacionados. Objetivo: Relacionar a distância total de caminhada (DTC) obtida nos testes de seis minutos e de esforço em esteira em pacientes com doença arterial periférica e sintomas de claudicação intermitente. Métodos: A amostra foi composta por 34 pacientes (65,5 ± 8,9 anos) de ambos os gêneros (26 homens e 8 mulheres). Os indivíduos realizaram o teste de seis minutos em corredor de 30 metros e o teste de esforço em esteira ergométrica utilizando-se protocolo específico para essa população, com intervalo de pelo menos sete dias entre os testes. Para a análise dos dados, foi utilizada a análise de correlação de Pearson. Resultados: Houve correlação significante na DTC obtida nos testes de seis minutos e de esforço em esteira (r=0,48, p<0,01). Foi observada correlação significante entre a DTC obtida nos testes nos pacientes com menor comprometimento hemodinâmico do membro (r=0,69; p=0,01), enquanto que, nos pacientes com maior comprometimento hemodinâmico do membro, a correlação não foi significante (r=0,03, p=0,91). Além disso, foi observada correlação significante entre os testes tanto nos pacientes com baixos níveis de adiposidade (r=0,57; p=0,02) como nos pacientes com altos níveis de adiposidade (r=0,48, p<0,05). Conclusão: Os resultados deste estudo mostram que os dados obtidos do teste de seis minutos e de esforço em esteira são correlacionados, exceto em pacientes com maior comprometimento hemodinâmico do membro. Palavras-chave: doença arterial periférica; claudicação intermitente; exercício; caminhada. 
 

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