Resumo

OBJETIVO: Avaliar a relação entre a aptidão cardiorrespiratória e a qualidade de vida em pacientes submetidos à hemodiálise. MÉTODOS: Estudo analítico do tipo transversal realizado com pacientes em hemodiálise, do sexo masculino, com idade entre 22-75 anos. Participaram 50 pacientes avaliados pelo Teste de esforço cardiopulmonar (TECP) e pelo questionário de qualidade de vida – Kidney Desease Quality of Life-Short Form (KDQOL-SF). O protocolo de Bruce foi adaptado com tempo de duração total de 12min, realizado em esteira rolante com o analisador de gases acoplado com coleta de gases expirados para análise a cada 10 segundos. O KDQOL-SF foi aplicado durante a sessão de diálise intermediária da semana. O pulso de oxigênio e a incompetência cronotrópica foram calculados a partir das variáveis do TECP. Os valores de consumo de oxigênio pico (VO2pico) foram categorizados em tercis para classificação em baixo, moderada e alta aptidão cardiorrespiratória. A análise estatística foi realizada com teste Kruskall-Walllis (post hoc de Dunn) e o coeficiente de Spearman para verificar a correlação entre as variáveis. RESULTADOS: O componente físico (p=0,01), domínios específicos lista de sintomas (p= 0,05), função sexual (p=0,014), qualidade do sono (p= 0,04), satisfação com a equipe (p= 0,03) e o escore total do KDQOL-SF (p=0,006) aumentaram com os tercis do VO2pico. Houve correlações positivas do pulso de oxigênio (p=0,01) e incompetência cronotrópica (p=0,02) com o componente físico e do pulso de O2 com o escore total do KDQOL-SF (p=0,02). CONCLUSÕES: Houve relação positiva e significativa entre os parâmetros de aptidão cardiorrespiratória e os componentes físico, mental e o escore total dos pacientes submetidos à hemodiálise. Além disso, a sobrecarga acarretada pela doença e função sexual foram os aspectos que parecem ser mais influenciados pela aptidão cardiorrespiratória por serem domínios que dependem da interação física e mental.

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