Resumo

Objetivos:
As relações de poder atribuem a grupos como, negros, mulheres e homossexuais uma chamada subcidadania. O preconceito social, meio de manutenção da hierarquização entre grupos sociais, legitima a inferiorização e cria mecanismos de opressão que buscam naturalizar o que é de fato uma construção histórica. Neste sentido, o presente trabalho busca analisar criticamente o processo de construção das relações de gênero na Educação Física.

Métodos e resultados:
Foi realizada uma revisão bibliográfica sobre o tema relações de gênero e história da Educação Física. Percebe-se que as relações de gênero são marcadas por desigualdades fundamentadas na diferença entre os sexos e legitimada pela concepção cultural que classifica o sexo masculino superior ao feminino. O sistema patriarcal determina formas de preconceito sobre a mulher, contribui para a manutenção de estereótipos que colocam o feminino como sinônimo de fragilidade, aptas para atividades manuais. O esporte para mulheres ganhou destaque na primeira metade do século XX, pelo discurso médico-higienista, evidenciando a mulher como mãe, onde o esporte desenvolveria um corpo apropriado para gerar homens fortes. Atualmente é comum a prática esportiva por mulheres, para obter qualidade de vida ou como esporte rendimento. Porém, surgem conflitos na Educação Física escolar, pois alguns docentes programam atividades díspares para meninos e meninas.

Conclusão:
O professor precisa estimular o debate, levando os alunos a compreenderem as relações de gênero, vivenciando experiências motoras que não possuam características excludentes. Logo, contribuirá na desconstrução da hierarquia sexista e na democratização, valorização e consolidação de uma sociedade mais justa e plural.