Resumo

Em pacientes com claudicação intermitente (CI), uma sessão de exercício de força promove redução da pressão arterial clínica, que não é mantida em condições ambulatoriais. Estudos em hipertensos têm mostrado efeitos cardiovasculares duradouros com a realização de exercícios aeróbios, pode ser que esse tipo de exercício potencialize a duração das respostas cardiovasculares dos pacientes com CI. Dessa forma, o objetivo desse estudo foi verificar o efeito de uma sessão com exercício de caminhada e de força nas respostas cardiovasculares ambulatoriais de indivíduos com Cl. Treze pacientes com CI, de ambos os gêneros, participaram de três sessões experimentais, realizadas em ordem aleatória: exercício caminhada (EC), exercício força (EF) e sessão controle (SC). Na sessão EC foi realizada caminhada em esteira, com 10 ciclos, com dois minutos de duração e velocidade correspondente ao início dos sintomas de CI. Na sessão EF foram realizados oito exercícios (supino reto, leg-press 45º, remada baixa, extensão dos joelhos, elevação frontal, flexão dos joelhos, rosca direta e abdução de quadril), com duas séries de 10 repetições e carga entre 5 a 7 na escala de percepção subjetiva de esforço de OMNI-Resistance Exercise Scale. Na sessão SC os exercícios de força foram realizados sem carga e, posteriormente, os indivíduos ficavam em pé na plataforma da esteira. Antes, e até 24 horas após as intervenções, a pressão arterial sistólica (PAS), pressão arterial diastólica (PAD), pressão arterial média (PAM), frequência cardíaca (FC) e o duplo produto (DP) foram obtidos. Os dados foram analisados através da ANOVA de dois caminhos para medidas repetidas, seguida do teste post- hoc de Newman-Keuls, com p<0,05. Em comparação aos valores pré-intervenção a PAS, PAD, PAM, FC e o DP não sofreram alterações ao longo das 24 horas em nenhuma das sessões experimentais (p>0,05). Como conclusão, os resultados deste estudo indicaram que de forma similar o exercício de caminhada e o exercício de força não promoveram respostas cardiovasculares duradouras em pacientes com CI.   
 

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