Resumo

Introdução: Atualmente vivemos em um estado de pandemia de casos de obesidade e sobrepeso em todo mundo. Isso colabora para o surgimento de morbidades, dentre elas, uma das que mais vem crescendo em todo o mundo é a diabetes mellitus tipo 2 (DM2). Para isso se vê necessário o tratamento clinico e a busca por meios auxiliares de controle da glicemia nestes indivíduos. O exercício físico tem se demonstrado um tratamento não farmacológico para várias doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs), incluindo a resistência à insulina, DM2, uma vez que contribui com a regulação do metabolismo da glicose e melhora da sensibilidade à insulina. Contudo novos métodos de treinamentos, como o treinamento combinado (TC), e novas metodologias de análise de imagens que permitem avaliar a captação de glicose tanto muscular quanto cardíaca vêm surgindo para sanar algumas dúvidas em relação ao perfil do metabolismo da glicose nos tecidos cardíacos e esquelético em pacientes com DM2. Objetivos: Desta maneira nosso objetivo é analisar as respostas crônicas do treinamento combinado em relação ao perfil inflamatório, metabólico, gasto energético e de imagem em relação à captação de glicose na musculatura esquelética e cardíaca. Métodos: A amostra foi composta por 9 indivíduos com DM2, de ambos os sexos e índice de massa corporal (IMC) entre 25-35kg/m². No momento pré e pós período experimental foram realizadas análises funcionais (força muscular, aptidão aeróbia e taxa metabólica de repouso), de composição corporal (Pletismografia), bioquímicas (clínicos básicos, inflamatórios e relacionados ao metabolismo glicêmico), de imagem (Tomografia por Emissão de Pósitrons acoplada a Tomografia Computadorizada (PET-CT) com 18Fluordeoxiglicose (18FDG). O programa de TC foi composto pela realização do treinamento de força (30-35 min, 1-3 séries de 10 a 12 repetições submáximas (~50 a 75% de 1RM, de 1 a 1 min. e 15 seg. de intervalo) seguido de treinamento aeróbio (35 min. em 50-70% do VO2máx) na mesma sessão, sendo realizadas 3 sessões semanais, durante 16 semanas. Resultado: Após o período de treinamento foram observadas um aumento significativo da massa magra, da capacidade aeróbica, força muscular, adiponectina, relação adiponectina/leptina e captação de 18FDG pelo músculo cardíaco, também observamos a diminuição da massa gorda, na circunferência de pescoço e cintura, frequência cardíaca de repouso e hemoglobina glicada. Conclusão: TC se provou eficiente, melhorando o metabolismo de glicose, principalmente da musculatura cardíaca, associado a melhora de composição corporal, aptidão física e controle glicêmico.

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