Resumo

O objetivo deste estudo foi analisar as respostas fisiológicas e realizar análise técnico-tática em atletas de Brazilian jiu-jitsu durante luta fragmenta e simulação de competição. Para isso, 10 atletas foram submetidos a avaliações em luta fragmentada (2 min, 5 min, 8 min e 10 min) e 10 atletas a avaliações em competição simulada (4 combates de 10 min). Foram realizadas coletas sanguíneas (para inferência da demanda energética, respostas hormonais, lesões celulares e equilíbrio hidroeletrolítico), aplicados testes físicos e escalas de percepções de esforço e recuperação. Adicionalmente, os combates foram filmados para análise técnico-tática e determinação da estrutura temporal. Os principais resultados apontam que: (1) nas lutas fragmentas, os combates de maior duração geraram concentrações mais elevadas de lactato e glicose, assim como maior percepção subjetiva de esforço e diminuição da resistência de pegada em teste específico. No entanto, não houve alteração importante da estrutura temporal em nenhum tempo de luta; (2) na competição simulada, os últimos combates apresentaram menores concentrações de lactato, catecolaminas e insulina. Adicionalmente, ocorreram aumentos dos marcadores de lesões celulares nos últimos combates indicando possível dano muscular. A força máxima isométrica de preensão manual apresentou declínio, predominantemente, a partir do terceiro combate. Embora esses dados apontem para a instalação de fadiga, a estrutura temporal dos combates não foi alterada significativamente. As percepções de esforço e recuperação não se alteraram durante a competição simulada. Assim, conclui-se que tempos diferentes de combate resultam em respostas metabólicas diferentes, as quais não produzem alterações importantes de desempenho. No entanto, os combates sucessivos de uma competição geram diminuição gradual da atividade adrenérgica e glicolítica, as quais são acompanhadas de aumento gradual de indicadores de dano celular e diminuição gradual da força de preensão manual

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