Resumo

Entenda

O rugby em cadeira de rodas é bastante diferente do rugby convencional. Por exemplo, observamse os seguintes aspectos: o primeiro é praticado numa quadra com dimensões 15x28m (mesmas dimensões de uma quadra oficial de basquete), já o segundo é praticado em um campo com gramado com dimensões 70x144m. Outra diferença é a quantidade de jogadores, tanto titulares quanto reservas, que na modalidade sobre cadeira de rodas são quatro jogadores em quadra e oito reservas, enquanto no convencional são quinze titulares e sete no banco de reserva.

Conservando o objetivo principal do jogo tradicional, vence a equipe que marcar mais gols, passando pela linha de fundo ou linha do gol adversário, o jogador deve possuir a bola nesse momento. No caso do rugby paralímpico a linha de fundo é demarcada por dois cones, e é antecedida pela zona de defesa, nomeada de área-chave. Sendo considerado gol, somente se as duas rodas da cadeira ultrapassar completamente a linha. A partida se inicia quando o árbitro joga a bola ao alto, no meio da quadra e as equipes posicionadas lado a lado disputam a sua posse. A bola do para-desporto é a mesma utilizada nos jogos de vôlei, ou seja, ao contrário do rugby convencional ela é redonda. O jogador pode conduzi-la sobre a coxa, tendo que quicar ou passar pelo menos uma vez a cada dez segundos. A partida tem duração de trinta e dois minutos, divididos em quatro tempos de oito minutos.

Paradoxalmente, o jogo de rugby em cadeira de rodas sofreu maior influência do futebol americano do que do próprio rugby convencional, caracterizado por ser um esporte de intenso contato físico. Porém, na modalidade adaptada, o contato só é permitido entre as cadeiras de rodas e não entre os jogadores. Essas são diferenciadas para suportar fortes impactos, com rodas especiais. Existem dois tipos de cadeiras para o jogo: as de ataque e as de defesa e são direcionadas de acordo com a classificação do jogador, por exemplo: as de ataque tem um para-choque à frente e asas na lateral para dificultar a ação da defesa. De acordo com o site da Associação Brasileira de Rugby em Cadeira de rodas (ABRC) fazem uso deste tipo de cadeira os jogadores com a classificação de 2.0 pontos ou mais. As cadeiras de defesa têm um gancho dianteiro que visa prender a cadeira do adversário, e que segundo o site acima citado é utilizado pelos jogadores com a classificação 1.5 pontos ou inferior. Os atletas são categorizados por sete classificações de habilidades funcionais: 0.5; 1.0; 1.5; 2.0; 2.5; 3.0 e 3.5. Essas classificações são feitas por meio de testes específicos, a saber: teste de banco – avalia a musculatura superior; teste funcional de tronco – avalia o tronco e os membros inferiores; e, por último, o teste de movimentação funcional do Esporte Paralímpico. A soma dos quatro jogadores em quadra não deve ultrapassar oito pontos de classificação funcional.

A modalidade paralímpica traz uma marca peculiar ao colocar em quadra homens e mulheres jogando juntos. Outro aspecto interessante é a existência de uma regra que obriga a interrupção do jogo quando algum jogador cair. Os demais jogadores da mesma equipe podem ajudar o seu companheiro, recolocando-o em posição de jogo. A urgência desse episódio fica a critério do árbitro, que pode pausar imediatamente a partida ou não. Cada equipe tem a possibilidade de pedir quatro tempos técnicos de trinta segundos, sempre a encargo dos jogadores em quadra, já o banco de reservas pode pedir dois tempos técnicos de um minuto cada

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