Resumo

Observa-se na literatura técnica pertinente que o termo Aptidão Física relaciona-se fortemente com o de Saúde. Neste sentido, empreende-se introdutoriamente, revisão de alguns de seus conceitos e características básicas e procura-se construir tipologia das principais vertentes de pesquisa na área, identificadas em quatro diferentes correntes. Desta forma, pretende-se explorar os possíveis efeitos de variáveis relacionadas à saúde sobre os padrões de aptidão física no segundo grau. Mais especificamente, interessa saber como estes se apresentam em relação a diferentes moda1idades esportivas, parâmetros de desenvolvimento pubertário e aspectos sócio-culturais. Para tanto, recorreu-se a metodologia de intervenção, aplicada a 87 alunos do sexo masculino na faixa etária entre 14 e 18 anos, distribuídos em cinco diferentes grupos. Foram controlados, nos momentos pré e pós-teste, peso e estatura e aplicados cinco testes para avaliar força, resistência muscular localizada, velocidade, agilidade e resistência aeróbica. Em seguida, o mesmo grupo foi reestratificado segundo período de freqüência às aulas, seriação, tipo de formação e faixa etária. Nos resultados, nota-se que o efeito de exposição. Atua de forma significativa em quase todos os grupos estudados, com exceção do teste de salto em extensão, em relação a modalidades esportivas e período de freqüência às aulas. Perfis não paralelos e não coincidentes são observados nos diferentes parâmetros postos a estudo, a depender da variável considerada, indicando tendências de variabilidade de algumas qualidades físicas em função da forma como a população se estratificou. Na dinâmica da relação Saúde - Atividade Física, faixa etária e seriação foram tomadas como parâmetros de crescimento; evidenciaram aumento da força muscular atrelada ao desenvolvimento das variáveis peso e estatura. A altura dos alunos de menor idade foi maior que as obtidas como referência, porém, em relação à estatura final parecem não diferir muito. Na exploração dos fatores ligados ao contexto sócio-cultural, tipo de formação e período de freqüência às aulas apontaram variabilidade nos testes destinados a avaliar agilidade, velocidade e resistência aeróbica. Os indivíduos que optaram por atividades artesanais se mostraram menos ágeis e velozes, quando comparados aos de informática; e os do noturno não evoluíram significativamente em relação aos momentos inicial e final. Na interação destas diferentes variáveis na relação Saúde Coletiva-Aptidão Física, as informações encontradas na literatura revelaram-se contraditórias especialmente quando se referem à realidade latino-americana 

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