Resumo

Cada vez mais se assiste a um crescente número de pessoas que procura para além da melhoria da Saúde, preencher os seus tempos livres com actividades físicas "novas" e diversificadas. Esta actividades, ditas "não formais", freqüentemente não se encontram enquadradas em nenhuma forma de organização (escola;clube; clínica) ousob qualquersistema de supervisão técnica. Apesar de se caracterizarem poruma intensidade submáxima variável, elas podem potencialmente gerar uma elevada pressão adaptativa (devido à intensidade acumulada, volume e à freqüência), originando uma carga biológica global muito significativa. Devido às suas características de estética e "moda", estas actividades revestem-se de elevadas taxas de adesão, e podem proporcionar alguma continuidade nos seus efeitos, e por isso, uma adaptação ao longo do tempo (crônica), muitas vezes não alcançada em práticafísicaformal. Todavia, apesar da importância dos efeitosque podem ser obtidos, a "autonomia", a falta de acompanhamento e aconselhamento técnico dos praticantes podem conduzir a efeitos opostos aos pretendidos, isto é, constituírem umfactorde distress (stress negativo). O desafio que se coloca é: como caracterizar e avaliar fisiologicamente actividades ou tarefas específicas deste tipo (submáximas ou optimizáveis), em função das alterações no tempo utilizando, com base em resultados laboratoriais •, processos e ferramentas pertinentes, comaplicabilidade no terreno que sejam ao mesmo tempo fáceis de utilizar e sensíveis á alterações de pequena grandeza, comparativamente às de âmbito clínico laboratorial (ergoespirometria). Com esta comunicação pretendemos aumentar a formação destes praticantes, através do fornecimento de indicações e métodos que possam contribuirde facto, para sua "segurança", e para a melhoria da Saúde. (• Resultados extraídos de Pereira, F. (1998). Adaptação ao esforço. Variabilidade e economia numa tarefa de corrida em treadmill. Tese de Doutoramento UTL-FMH. Lisboa).