Resumo

Este artigo aborda questoes centrais de liberdade acadêmica e pedagogia crítica durante um período de política populista de direita. A ascensão do político de extrema direita Jair Bolsonaro à presidência do Brasil em 2019 foi acompanhada de um compromisso para erradicar qualquer vestígio das idéias do educador brasileiro Paulo Freire das escolas do país. A campanha de Bolsonaro foi apoiada por grupos ultraconservadores que têm como missão central uma agenda educacional cristã e anticomunista tradicional. Na vanguarda desses grupos está o influente e conspícuo movimento 'Escola sem Partido' (ESP) que fez uma campanha vigorosa contra a pedagogia crítica de Freire em todo o país e vem promovendo abuso físico e on-line de professores desde 2014. Este artigo questiona como as filosofias de Paulo Freire podem ser aliadas na luta pela educação democrática no atual clima político no Brasil. Empregando um método de narrativa dialógica para dar vida às teorias e metodologia crítica de Freire e testar sua potência contra as filosofias educacionais do ESP, o texto inicialmente, apresenta as idéias principais de Freire para examinar as políticas do ESP e seus projetos de lei parlamentares. Na segunda parte, analiso documentos e o conteúdo online produzido pela resistência da sociedade civil às pressões do ESP. A analise demonstra a vitalidade da filosofia pedagógica de Freire para capacitar as comunidades oprimidas em suas demandas por uma educação de qualidade. A narrativa conclui demonstrando o papel vital do processo de consciência crítica e da pedagogia da autonomia de Freire para apoiar as lutas contínuas de professores e comunidades para impedir tentativas do ESP de abolir o pensamento crítico na educação pública brasileira.
 

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