Resumo

O objetivo do estudo foi verificar a associação entre Síndrome Pré-Menstrual (SPM) e percepção de impacto no desempenho esportivo de atletas brasileiras de futsal. Foram estudadas 112 atletas, entre 18 a 31 anos de idade, participantes da Taça Brasil de Clubes, em 2007. Utilizou-se ficha auto-aplicável, com critérios do American College of Obstetricians and Gynecologist (2000) para diagnosticar SPM e ficha de percepção de impacto no desempenho esportivo, em escala Likert com valores de 0 (“não afetado”) a 3 (“extremamente afetado”). Para análise dos dados, foram utilizados teste de Mann-Whitney, qui-quadrado de Pearson e regressão de Poisson com variância robusta. A prevalência de SPM foi de 47,32% e o impacto no desempenho esportivo naquelas com SPM foi RP 1,71 (IC95% 1,23 a 2,38). Os sintomas associados com impacto no desempenho esportivo foram depressão, irritabilidade, mastalgia, dificuldade de concentração, dor lombar e cansaço. A intensidade com que as atletas com SPM sentem o desempenho afetado na fase pré-menstrual foi significativa nas categorias “um pouco afetado” (RP 2,1 IC95% 1,26 a 3,55) e “extremamente afetado” (RP 3,5 IC95% 2,23 a 5,62). Atletas com 6 a 9 sintomas apresentaram maior risco (RP 3,20 IC95%1,53 a 6,71) do que atletas com 4 a 5 sintomas (RP 2,82 IC95%1,32 a 6,05) ou com 2 a 3 sintomas (RP 2,57 IC95% 1,25 a 5,30). Em conclusão, a presença de SPM, o número e o tipo de sintoma apresentaram associação com impacto no desempenho esportivo percebido por atletas brasileiras de futsal.


 

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