Resumo

O objetivo deste estudo foi investigar os efeitos da suplementação de creatina na resultante da força máxima maximorum (RFMM) e variáveis antropométricas, em indivíduos submetidos a um protocolo de treinamento de força. Procedimentos metodológicos: Dezoito voluntários, com idades variando entre 19 e 35 anos (Q2=25), tendo pelo menos 1 ano de experiência em exercícios com pesos, foram selecionados e divididos aleatoriamente em 2 grupos (A: Cr, n=9; B: Placebo, n=9). Os grupos foram submetidos às medições antropométricas e testes de uma repetição máxima (1 RM). O protocolo de treinamento consistiu em 8 semanas, sendo que as 2 primeiras serviram apenas aos ajustes neurais, utilizando 50% de 1 RM. Na terceira semana teve início o treinamento de hipertrofia, com 80% de 1 RM e a suplementação com creatina monoidratada (CrH20), utilizando-se o protocolo duplo-cego. Na primeira semana de suplementação, cápsulas de CrH20 ou placebo (maltodextrina) foram consumidas (30g por dia durante 7 dias), seguidos das doses de manutenção de 5g por dia durante 42 dias. O treinamento foi realizado 6 vezes por semana com 80% de 1 RM com pausas decrescentes. Resultados: Após 8 semanas, verificou-se que tanto no grupo A como no B houve alterações estatisticamente significantes (ES) na RFMM em todos os exercícios (p=0,007 a 0,008). A análise da melhora percentual e do delta da RFMM nos exercícios de agachamento, desenvolvimento e supino fechado; mostrou que o grupo A teve alterações positivas ES superiores ao grupo B (p=0,008 a 0,038). A massa magra aumentou ES somente no grupo A (p=0,038). Contudo, o percentual de gordura corporal não mostrou alterações em nenhum dos grupos. A relação entre a melhora percentual (MP) das circunferências (C) do braço e antebraço e a MP na RFMM do exercício de desenvolvimento foi ES (r=0,481 e 0,546, respectivamente), bem como entre a MP na C da coxa e na MP da RFMM do exercício de agachamento (r=0,619). Também se verificou que a área de secção transversa muscular teve correlação ES com a RFMM em todos os exercícios dos membros superiores tanto no grupo A (r=O, 196 a 0,882) como no grupo B (r=0,776 a 0,942). Conclusão: Independente da suplementação, os grupos demonstraram alterações positivas; porém o grupo A (Cr) apresentou alterações positivas ES quando comparado ao grupo B (P), tanto na RFMM como nas variáveis antropométricas, em resposta ao treinamento de força proposto para esse estudo 

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