Integra

INTRODUÇÃO:

A Ginástica Artística (GA) apresenta uma grande riqueza de movimentos e variedade nas provas realizadas em seus aparelhos oficiais (BROCHADO, 2005). Na modalidade masculina são utilizados seis aparelhos durante as competições: solo, argolas, cavalo com alças, salto, barras paralelas e barra fixa, que permitem aproximadamente 2000 elementos técnicos (de valor reconhecido ou não pelo Código de Pontuação). Uma variedade tão grande que nem os melhores ginastas do alto nível conseguem executar com maestria grande parte dos elementos. Desde a criação até os dias de hoje e apesar da tradição que se mantém neste esporte, os aparelhos utilizados nas competições de ginástica foram modificados e aperfeiçoados, sempre com o objetivo de melhorar a performance, a qualidade do treinamento dos atletas, a segurança e também a espetacularidade das apresentações. Nas últimas duas décadas, os aparelhos da GA sofreram importantes modificações tecnológicas principalmente na questão dos materiais usados na sua construção. Neste sentido, este estudo tem por finalidade abordar esse processo de mudanças nos aparelhos de GA nas últimas duas décadas (1987-2007) onde se concentraram as principais inovações que dizem respeito à introdução de novos materiais e estudos tecnológicos na confecção destes equipamentos.


 METODOLOGIA:


A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica, que segundo Piccoli apud Ferrari (2006), é o ato de ler, selecionar, fichar e arquivar tópicos de interesse para a pesquisa utilizando informações, conhecimentos e dados que já foram coletados por outras pessoas, em pesquisas anteriores e demonstrados de diversas formas como livros, artigos, revistas e nos sites de internet das principais empresas de materiais de GA do mundo. Os dados coletados foram analisados a partir de uma análise de conteúdo conforme estabelece Bardin (1970).


RESULTADOS:

As grandes empresas de equipamentos de GA (Gym Nova, Spieth Anderson, American Athletic, Janssen Fritsen), todas elas estrangeiras, têm buscado desenvolver equipamentos cada vez mais adequados à prática desse esporte utilizando-se de pesquisas e alta tecnologia. Somente algumas empresas conseguem a aprovação da Federação Internacional de Ginástica (FIG) para vender e equipar eventos importantes, até o momento nenhuma empresa brasileira alcançou tal reconhecimento. Essas tecnologias e pesquisas foram direcionadas na busca de materiais que minimizassem o estresse sofrido pelos ginastas nas articulações, ossos e músculos ao mesmo tempo em que possibilitassem um avanço na crescente evolução do esporte através de aparelhos que propiciassem o desenvolvimento de novas técnicas e elementos sem se esquecer da segurança tendo em consideração as características que este esporte apresenta na atualidade.


CONCLUSÕES:

Poucas foram as mudanças importantes na morfologia dos aparelhos. Apesar do grande avanço na questão dos materiais para a confecção dos aparelhos, a morfologia da maior parte dos aparelhos foi mantida. Isso demonstra um prevalecimento da tradição e do conservacionismo deste esporte (BORTOLETO, 2004). As únicas alterações significativas na morfologia ocorreram em 2001 com a substituição do cavalo de salto pelo pégasus (nome de primeira mesa de salto utilizada em uma competição oficial) e em 2005 com o acréscimo de 5 cm na altura de três aparelhos: barras paralelas, barra fixa e argolas.