Resumo

OBJETIVO: Caracterizar as respostas fisiológicas de corredores com diferentes habilidades de velocidade durante o lactato sanguíneo (OBLA) e determinar se 4 mmol•L-1 representam a mesma intensidade de exercício relativa para cada corredor. 
MÉTODOS: Onze corredores treinados e doze bem treinados completaram dois testes de corrida em esteira: primeiramente, um teste máximo de lactato com incremento para calcular o OBLA (Teste 1) e a seguir um outro no OBLA correspondente até exaustão (Teste 2). As trocas de gases e frequência cardíaca (FC) foram continuamente medidas e plotadas em porcentagem de tempo referente à exaustão no Teste 2 (TET 2). A velocidade de limite de lactato individual (VLL) e concentração de lactato ([La-1]LL) foram calculadas de acordo com o método de D-max. 
RESULTADOS: OBLA e VLL foram maiores em corredores bem treinados (P<0.001).[La-1]LL foi<4 mmol•L-1 nos corredores bem treinados (P<0.001), mas não nos treinados. Os corredores bem treinados foram mais rápidos em OBLA do que em VLL (P<0.001). Os corredores bem treinados correram um TET2 mais curto do que os corredores treinados (P<0.05). Além disso, os corredores bem treinados apresentaram taxa respiratória mais alta em 50, 80 e 90% de TET2 e VO2 em 20-100% de TET2 (P<0.05). TET2 se relacionou inversamente (P<0.01) com OBLA e positivamente com melhor rendimento individual em 10km (P<0.01).OBLA se relacionou positivamente com a %VO2max no Teste 2 (P<0.01). O valor padrão (4 mmol•L-1) para a concentração de lactato sanguíneo parece representar uma intensidade de exercício diferente para corredores com habilidades atléticas diferentes. 
CONCLUSÃO: OBLA pode não ser preciso para desenvolver sessões de treinamento de corrida ou para a avaliação da capacidade aeróbica.

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