Resumo

INTRODUÇÃO: O treinamento de força (TF) vem sendo prescrito para indivíduos que querem otimizar seu treinamento, com os objetivos de hipertrofia e ganho de força (PHILLIPS e WINETT, 2010). Esse tipo de treinamento é estabelecido como um método eficaz para o desenvolvimento da aptidão musculoesquelética e é recomendado por diversos autores e organizações para a promoção da saúde e o aumento do desempenho (CORNELISSEN et al. 2011; MAGYARI e CHURILLA, 2012). Dentre os exercícios mais realizados pelos praticantes desse tipo de treinamento, estão o agachamento, exercício de cadeia cinética fechada, realizado com diversas variações de execução entre as quais as mudanças no posicionamento dos pés são utilizadas com intuito de obter uma maior ativação em diferentes músculos (ESCAMILLA et al., 2000). Contudo, para obter os resultados desejados, algumas variáveis como carga de treino, o volume, número de exercícios, número de repetições, ordem dos exercícios, número de séries, intervalo de recuperação entre as séries e os exercícios, bem como a interação entre elas devem ser controladas e manipuladas (SIMAO et al., 2012).
Uma forma comum para o cálculo do volume total de treinamento é o número total de repetições concluídas durante um período de treinamento especificado (RAMALHO, 2011). O America College of Sports Medicine (ACSM, 2009) recomenda que sejam realizadas entre 8-12 RM para a obtenção de ganhos de força e hipertrofia muscular. Porém, as distâncias lineares ou angulares percorridas pelas execuções resultam em um determinado intervalo de tempo de produção de força muscular, ou seja, um determinado tempo sob tensão (TST), sendo este proporcional ao trabalho realizado bem como ao número de repetições (LACERDA, 2016). Contudo, não está claro na literatura qual seria o TST médio para os exercícios propostos em velocidade máxima, bem como as respostas musculares provenientes deste. Tempo sob Tensão: A cronometragem do tempo sob tensão de cada sujeito, em cada exercício, será verificada na execução correta para 8, 10 e 12 RM utilizando a técnica de contagem de tempo do software KINOVEA. Para verificação do momento de início e término do movimento assim como o comportamento da cinemática angular e linear articular serão afixados marcadores reflexivos serão colocados nos punhos, cotovelos e ombros no exercício no supino reto e no quadril, joelhos e tornozelos no exercício agachamento, garantindo assim o padrão de movimento intragrupo. As imagens serão adquiridas por uma câmera (SONY, JAPÃO) posicionada em um tripé no plano frontal para o supino reto e no plano sagital para o agachamento de forma que permitam a visualização total do movimento. RESULTADOS:  ANOVA com medidas repetidas mostrou uma interação entre as variáveis do estudo para o grupo agachamento (Wilk’s Lambda = 0,155; F = 20,042; p < 0,001). A tabela 1 apresenta os dados da sobrecarga de teste, TST e número de repetições realizadas no exercício agachamento. O TST verificado no protocolo de 12RM foi significativamente maior que o de TST de 8RM (p < 0,001) e do que o de TST10 (p = 0,043). Diferença significativa também foi verificada para o TST10 comparado ao TST8 (p = 0,009). No protocolo experimental para o agachamento, o número de repetições realizadas com o TST médio da amostra representou os mesmos valores de repetições com a sobrecarga individual do teste de RM. no sagital para o agachamento de forma que permitam a visualização total do movimento.

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