Resumo

A escolha desse tema veio por meio da minha experiência como docente, em apenas quatro anos de magistério já me deparo com situações que julgo ser prejudicial à saúde dos docentes e demais funcionários públicos. Por conta disso, esse estudo procura compreender se os professores que estão afastados por licença saúde, ou delimitados nas escolas, encontram-se nesse quadro devido às relações que o trabalho e a precarização do mesmo com a sua saúde. Vivemos em uma sociedade que se baseia na lógica do capital, onde o trabalho assume um valor de mercadoria, sendo um meio de ganhar a vida, pois o homem não possui mais sua integralidade, não produz o que consome e não consome tudo o que produz. Dessa forma, passa a ser trabalho estranhado, abstrato, produtor de valor de troca, mercadoria. O lócus do nosso estudo serão os professores de Educação Física afastados ou em delimitação de função, que não podem mais atuar em sala de aula, das escolas estaduais da 5° Coordenadoria Regional de Educação no município de Pelotas/RS. O estudo se caracteriza como uma pesquisa exploratória de cunho qualitativo, que utilizará a entrevista semiestruturada para poder traçar uma relação da saúde docente com as relações de trabalho. Podemos encontrar nos resultados dados que confirmam esse adoecimento por conta do trabalho e suas relações com a saúde e a precarização da escola pública, demonstrando assim o quanto a carreira docente pode ser prejudicial a saúde.

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