Resumo

Considerando que caminhar promove independência e evidencia o nível de condicionamento físico dos indivíduos, comparamos o desempenho de 44 idosos ao Teste da Caminhada, sendo 22 internos em instituição geriátrica. Destes 68% eram do sexo masculino, sendo 73% com idade variando de 80 a 89 e 27% de 70 a 79 anos. Dos outros 22, não institucionalizados, 55% eram do sexo masculino, somando 82% de 80 a 89 anos e 18% de 70 a 79. Todos apresentavam limitações compatíveis com a senilidade, sem patologias específicas associadas. Após caminharem durante seis minutos, 14% dos institucionalizados percorreram menos de 50m; outros 14% de 51 a 100; 9% de 101 a 200; 49% de 201 a 300; 14% de 301 a 400m. Em relação aos não institucionalizados, 41% percorreram de 301 a 400m; 36% de 401 a 500; 27% de 501 a 600m. O esforço realizado foi considerado moderado por 46% dos idosos institucionalizados; forte para 27% e muito forte para outros 27% enquanto todos os não institucionalizados consideraram o esforço muito forte. Concluímos que 86% dos idosos institucionalizados realizaram um percurso menor e apenas 27% consideraram o esforço muito forte, como o outro grupo. Apesar do incentivo durante o teste ter sido o mesmo, os institucionalizados não demonstraram o mesmo empenho em alcançar a meta proposta, preferindo um menor esforço apesar do pior resultado. Assim, fica evidenciada a necessidade de estimulação objetivando promover a conscientização de sua capacidade física e funcional, possibilitando melhora do desempenho motor, maior independência e valorização pessoal.