Resumo

Entenda

O tiro com arco paralímpico, assim como sua modalidade de origem, desenvolve a precisão e concentração do atleta, baseando-se nas mesmas regras do tiro com arco convencional, regidas pela Federação Internacional de Tiro com Arco (FITA). Tanto que em algumas competições a modalidade olímpica compartilha a mesma estrutura que a paralímpica, sendo assim, os paratletas podem participar da competição convencional, porém o contrário, obviamente, não é permitido. A modalidade paralímpica conta com 64 competidores masculinos e 64 femininos. Incluindo as seguintes deficiências: paraplegia, tetraplegia e pessoas com alguma debilidade no sistema locomotor (nesse caso em específico, fica a critério do paratleta atirar em pé ou sentado). ARST é a classificação desse grupo, ARW1 é a classificação dos tetraplégicos e ARW2 a dos paraplégicos. Vale a ressalva de que existem também competições para deficientes visuais, mas não nas paralimpíadas.

Para iniciar os seus disparos o paratleta deve se posicionar a 70 m de distância do alvo, que tem um diâmetro de 1.22 m e é formado por dez círculos concêntricos, cada círculo valendo uma determinada pontuação – quanto mais externo o círculo, menor esta é. A disputa paralímpica pauta-se em dois rounds, no qual cada um soma 72 flechas. Os rounds dividem-se em séries de seis flechas. Finaliza-se tal etapa determinando uma classificação a partir dos pontos obtidos. A etapa seguinte é o combate, na qual os paratletas que pontuaram mais (no primeiro round) enfrentam os que pontuaram menos, em um sistema de cinco sets (valendo dois pontos cada), com no máximo dois minutos para atirar três flechas. O atirador que atingir uma vantagem de seis pontos avança para a próxima etapa. No caso de empate vence o set o atirador que conseguir acertar a flecha mais próxima do centro do alvo.

Na competição paralímpica os competidores podem optar por dois tipos de arcos: o arco composto (tem duas roldanas excêntricas que diminui o esforço do atleta antes do disparo) e o arco recurvo (vulgo arco olímpico que agrega acessórios: estabilizadores, mira, pesos, etc.). Ocorrem algumas adaptações nas provas nas quais os paratletas utilizam do arco recurvo, pois o alvo é reduzido para 80 cm de diâmetro e o paratleta se posiciona a 50 m de distância do alvo. Os arqueiros contam também com a utilização de equipamentos de segurança, são eles: protetor de braço (evitando lesões caso a corda encoste no braço), protetor de peito (também protege a região peitoral) e a dedeira (posicionada para puxar a corda sem risco de ferimentos). Tais equipamentos também são utilizados na modalidade olímpica. Existem também as competições em equipes, compostas por duplas mistas.

O Comitê de Tiro com Arco Adaptado é, na verdade, regido pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC), órgão que se responsabiliza pelo seu desenvolvimento. A questão a ser levantada é que o tiro com arco paralímpico, assim como a maioria dos paradesportos, precisa do devido reconhecimento e incentivo para que tal evolução realmente se concretize.

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