Resumo

O objetivo desse estudo foi analisar o uso de sinais visuais relevantes na predição da direção e profundidade de uma ação de ataque em atletas de diferentes níveis de experiência no Voleibol. Para tanto, 48 sujeitos do sexo masculino foram divididos em 3 diferentes grupos de 16 sujeitos, de acordo com o nível de experiência. O estudo foi composto por dois experimentos: Oclusão Temporal e Oclusão Espacial. O experimento 1/Oclusão Temporal buscou identificar o período de tempo de uma ação de ataque em que os sujeitos dos diferentes grupos conseguiriam utilizar sinais visuais na tentativa de predizer o resultado final deste ataque e o seu nível de confiança sobre a resposta. O experimento 2/Oclusão Espacial buscou identificar qual o sinal visual relativo a partes do corpo seria mais importante na tentativa de predizer o resultado final de uma ação de ataque no Voleibol e, também, o seu nível de confiança na resposta. Os resultados indicaram haver diferenças no escore de desempenho da Oclusão Temporal entre os grupos GAD e GNO para a condição 2 (obstrução da visão dos sujeitos à 266ms antes do contato do atacante com a bola), não havendo diferenças entre os grupos GAD e GIM e entre os grupos GIM e GNO em nenhuma das outras condições. Quanto ao nível de confiança da Oclusão Temporal, o grupo GAD se apresenta mais confiante que o GIM e este, mais confiante que o GNO em todas as condições, com diferenças estatísticas significantes entre os grupos GAD e GNO e os grupos GIM e GNO. Com relação ao escore de desempenho da Oclusão Espacial, os resultados apontaram que a oclusão da parte do corpo Braço e Mão levou a desempenhos mais instáveis, com maiores freqüências relativas de erro e com níveis de confiança também mais baixos. Como conclusão, podemos afirmar que o GAD apresentou melhores desempenhos em relação aos grupos GIM e GNO e que há aspectos que, de fato, fazem diferenças em indivíduos com maior tempo de prática, com mais anos de experiência. 

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