Resumo

A natureza pode ser compreendida e significada de diversas formas. Por um lado, “a natureza” pode ser entendida como o substrato material necessário para a sobrevivência humana e, por outro, constitui-se de teias de símbolos que podem ser utilizados para legitimar identidades e visões de mundo particulares. Este trabalho examina esses diversos sentidos atribuídos à natureza, destacando conceitos de natureza como lugar. Globalmente vem ocorrendo uma evolução de atividades de aventura na natureza. Uma vez, a reserva de pequenos grupos de entusiastas de sexo masculino, hoje, esse movimento em direção à natureza pode ser entendido como expressão de uma “cultura de massas”. O trabalho analisa as formas em que noções de gênero podem ser transgredidas, ao “atravessar suas fronteiras” num lugar particular. Além disso, também considera as implicações da noção norte-americana de “natureza como terapia” promulgada pelo movimento mito-poético masculino. Finalmente, chama a atenção para o predomínio de vozes masculinas nos discursos acadêmicos que se preocupam com a natureza e as atividades ao ar livre, ou na sociedade norueguesa, a friluftliv.

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