Resumo

Introdução: A especificidade das adaptações cardiorrespiratórias e metabólicas do treinamento aeróbio e de força evocam respostas distintas durante o teste cardiopulmonar de exercício (TCPE). Objetivo: Descrever o comportamento cardiorrespiratório durante a transição metabólica (TM) do TCPE, de praticantes de corrida e musculação, comparados a um grupo controle. Métodos: Homens de 21 a 55 anos foram agrupados em: grupo de corredores (GC, n = 30), grupo de musculação (GM, n = 23) e grupo controle (GCON, n = 38). Foram submetidos à avaliação antropométrica e TCPE com análise do limiar anaeróbio ventilatório (LAV ) e do ponto de compensação respiratória (PCR). Calculou-se a economia de corrida pela relação entre VO2 e velocidade do teste (ECINCLINA). Resultados: Na fase de transição metabólica, a carga (km/h) foi superior no GC (4,2 ± 1,6) vs. GCON (2,7 ± 1,6) e GM (2,8 ± 1,0); P < 0,05. O GC apresentou maior VO 2LAV; VO 2PCR e VO 2MÁX. (36 ± 8; 46 ± 8; 51 ± 8 vs. 24 ± 6; 35 ± 5; 40 ± 6 e 26 ± 6; 35 ± 6; 40 ± 7 ml.kg -1 .min -1 ; P < 0,05), comparado com GCON e GM, respectivamente, mesmo após a correção alométrica. A FC REP foi menor entre GC e GCON (CE = 52 ± 6; CON = 60 ± 8 bpm; P < 0,05). Na fase de TM, o GC apresentou maior aumento da carga de trabalho e menor alteração do pulso de oxigênio comparado ao GCON e ao GM. O VO 2 durante a TM não difere entre os grupos. O GC apresentou menor ECINCLINA nos instantes finais do teste, comparado a GCON e GM. Conclusão: O GC apresentou maior eficiência metabólica nas transições progressivas de intensidade de esforço em relação a GCON e GM e o GM não exibe capacidade de transição aprimorada no TCPE, até mesmo quando comparados a indivíduos sedentários.
 

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