Resumo

O treinamento de força é o método mais eficiente para o aumento da força e da massa muscular, principalmente quando aliado a suplementação com creatina. O objetivo deste trabalho foi comparar duas metodologias de treinamento e verificar as alterações ocorridas na morfologia e funcionalidade do músculo esquelético. Vinte voluntários, com idades variando entre 19 e 25 anos, do sexo masculino, tendo pelo menos um ano de experiência com exercícios com pesos, foram selecionados e divididos em dois grupos (A, pausas constantes, n = 10 e B, pausas decrescentes, n = 10). Os grupos foram submetidos às avaliações antropométricas, testes de ação muscular voluntária máxima dinâmica (1AMVMD) e ressonância magnética. O protocolo de treinamento consistiu em 18 semanas, sendo oito semanas sem suplementação (Fase A), uma semana de reavaliação e mais oito semanas (Fase B), com suplementação de creatina monoidratada (CrH2O). As duas primeiras semanas de treinamento em ambas as fases (Fase A1 e B1), consistiram de exercícios realizados com 50% de 1AMVMD, com pausas de 120 segundos entre os mesmos. Nas seis semanas subseqüentes (Fase A2 e B2), o treinamento de hipertrofia consistiu na utilização de 80% de 1AMVMD para ambos os grupos, sendo que a suplementação com CrH2O ocorreu apenas na Fase B2. Após as 18 semanas, verificou-se que tanto no grupo A como no grupo B, houve alterações estatísticas significantes (ES) na resultante de forca máxima dinâmica (RFMD) no exercício supino e no agachamento (P = 0,0190 e 0,0020, respectivamente), em relação ao pré-treinamento, bem como nas variáveis antropométricas nas etapas avaliativas (E2 e E3). Os resultados são apresentados na forma de mediana e intervalo interquartil. Para verificar a significância da diferença entre os grupos, aplicou-se a prova estatística de Mann-Whitney. A significância estatística do treinamento foi determinada pela prova de Wilcoxon. Para ambos os testes, aceitou-se a significância estatística em alfa inferior ou igual a 5%. Independente da suplementação, ambos os grupos apresentaram alterações positivas em relação ao pré-treinamento. Porém, a metodologia com aumento da densidade da carga se mostrou mais eficaz sem e principalmente com a suplementação de CrH2O 

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