Resumo

Cursos de graduação como Turismo e Educação Física têm implantado em suas grades curriculares conteúdos referentes às atividades de aventura. Esta temática vem galgando um espaço de maior visibilidade em eventos científicos das áreas, como o Congresso Brasileiro de Atividade de Aventura (CBAA). Inclusive em periódicos especializados pode-se perceber o crescente numero de publicações abordando o tema. Num passeio turístico na cidade de Itararé / Bahia; algumas questões me chamaram a atenção. Acadêmica do curso de educação física – UVV e integrante do grupo de estudo lazer, ecologia e aventura; vinculado ao Núcleo de Recreação e Lazer me interessei por saber: Quais os profissionais que atuam na área de atividade de aventura na cidade de Itacaré / Bahia? E qual a formação que os mesmos têm para tal intervenção? A nossa ideia com este trabalho é identificar os profissionais que atuam nas empresas prestadoras de serviço na área do lazer e aventura em Itararé BA, assim como verificar a formação dos mesmos. Este trabalho tem como relevância a reflexão sobre o mercado de trabalho como possibilidade de atuação de acadêmicos aspirantes a este cenário profissional. Como proposta metodológica; utilizaremos o método descritivo e exploratório. Itacaré fica localizada a 60 km de Ilhéus/ Bahia, abriga uma variedade de belezas naturais; praias maravilhosas, cachoeiras cercadas pela Mata Atlântica, rios, manguezais e as melhores ondas da região. Empresas de turismo de aventura e várias opções de atividades culturais do gênero vêm crescendo em lugares como este citado. A região de Itararé possui três agências operadoras e sete agências receptivas. Os dados coletados mostram que o trekking, o rafting, o arvorismo e os passeios de off road são atividades mais oferecidas pelas agências, enquanto o rafting e o arvorismo são aquelas mais procuradas pelos clientes. Em relação à capacitação dos proprietários, bem como dos guias e monitores que auxiliam nas atividades, apenas as agências operadoras se preocupam. Mas, em geral a periodicidade de participação em cursos e palestras é baixa. Alguns gestores têm formação em biologia, administração de empresas, engenharia ambiental e direito. Quanto aos funcionários, nenhum deles possui formação superior. Mesmo com crescimento significativo do número de empresas de turismo e pela procura das atividades de aventura não há a presença de nenhum profissional da área de educação física e nem tão pouco da área de turismo. Não somente esses dois profissionais, mas uma equipe multiprofissional deve prestar um serviço de qualidade. Amparados na orientação de profissionais qualificados e habilitados para trabalhar com atividade de aventura poderíamos ter uma maior longevidade com essas intervenções e proporcionar maior a segurança a sociedade. Mas, para isso é necessário entender a seriedade deste tipo de serviço. Seja ele como turismo ou como esporte. A atividade de aventura é uma prática de riscos.

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