Resumo

Procurando visibilizar as lógicas que caracterizam a ação da escola, e com o objetivo de desvelar os dispositivos disciplinares que se criam, se repetem, se inovam e se renovam na prática escolar, articulamos uma brincadeira das crianças na hora do recreio e uma situação de conselho de classe, flashes que nos forneceram pistas para pensar os mecanismos de interdição e controle praticados no cotidiano da escola. Historicamente, as práticas escolares têm utilizado a escrita manuscrita como um mecanismo de domesticação de corpos e mentes; em contrapartida, ao não reconhecer a complexidade do brincar de merece, a escola naturaliza e aproxima práticas disciplinares que produzem mecanismos de subjetivação. A ação pesquisadora que vimos desenvolvendo com professoras do ensino fundamental tem procurado investir na formação do investigador coletivo - o grupo. Assim sendo, como num jogo de luz e sombras, exercitamos, coletivamente, a leitura pelo avesso das situações apresentadas, o que nos permitiu, a partir da discussão sobre a violência na escola, desvelar a violência da escola sobre as crianças.

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